Pavitra Shannkaar

Quando busco e procuro pela memória para escrever a minha história, minha alma serena opta naturalmente pelos eventos afetivos. O tempo de Cronos me escapam pelos vãos dos dedos, desde que fiz a escolha de viver num eterno agora. No entanto, viver em Kairós também tem o seu preço de responsabilidade, quanto ao remonte de uma história linear, para as trocas e vivências, ante aos eventos de uma existência; quando se desperta o silêncio da alma.

Eu sou um ser transcendido, pois minha experiência com a energia Kundalini, alterou completamente a minha percepção de mundo. A forma de viver mimetizado entre os demais, me remete para um esforço de vida comum que hoje em dia, já não me cabe mais. Fingir ser um homem comum e fanfarrão, cuidar do dinheiro, dos afetos, dos filhos adotados, da casa, dormir, comer, cuidar do corpo ante a um fluxo contínuo do espírito, me vale mais como ferramentas, para concluir minha missão de alma, do que simplesmente me deleitar com os sabores e os desabores da vida. Minha percepção de mundo, mescla de forma perene os adventos do mar das almas, a turbulência do homem moderno e a responsabilidade de levar a esperança do Si,  para aqueles que buscam, sem abusar da percepção alheia, sem encantar, iludir.

Eu não busco seguidores, busco irmãos. Almas parceiras que queiram e possam partilhar comigo a contemplação do milagre da vida e da morte, ante a eternidade do ser. Pessoas que aceitem que crescer, é fazer escolhas.