Revoada de Flamingos
Mas é sempre bom entender que a vida é interligada e rupturas não contribuem muito com a nossa evolução.
Mas é sempre bom entender que a vida é interligada e rupturas não contribuem muito com a nossa evolução.
O ser, não sobrevive sem o ter…
Não há como ser, sem ter…
Uma das condições de estar encarnado, vivo em nossa passagem sobre o planeta Terra, é a de ter alguma coisa.
Temos casas, jardins, saúde, riquezas, criatividade, dores, saudades, dissabores, enfim, objetiva ou subjetivamente, nós temos para ser.
A obtenção é uma mestra visceral que nos molda a cada instante das nossas vidas…
Todos nós temos um ruído e um dom.
O ruído é um condicionamento que impede a realização.
Mas é sempre bom entender que a vida é interligada e rupturas não contribuem muito com a nossa evolução.
Quando uma ruptura acontece, na verdade ela deve durar tanto quanto é o tamanho do seu orgulho…
Petro era irmão de Preto, embora não fossem gêmeos pareciam univitelinos…
Ungidos de família negra, um era filho de Oxumarê, ouvindo eternamente um som de cachoeira nos ouvidos, dotado de uma criatividade maravilhosa acessando a sabedoria às raias da loucura…
A formiga que quase morreu afogada na gota d’água em que carregava, voltava para casa a fim de avisar que derrubara a gota no chão, mas que podiam ir até ela, pois a gota ainda estaria lá, próxima dali, daria para ser partilhada com quem tivesse sede…
Em alguns lugares da Ásia, há regiões tão cheias de moscas que de nada adianta espantar ou matá-las. Em meio aos desertos, sob o sol incandescente, elas pousam nos olhos, bocas, ouvidos, rostos; ali, o hábito das vestes longas com muitos tecidos sobrepostos protegem a pele de um acidente maior, mas somente as mãos e as faces permanecem expostas às contaminações.
É claro que eu errei muitas vezes nessa vida, mas ela não é só sobre sobrevivência, é preciso fazer a diferença, e cada ano que passa sinto que algo se decanta. Algumas perguntas são respondidas, outras deixam a desejar…
Segundo Jung, os processos alquímicos da alma se fazem por uma simbologia muito peculiar.
Se esse torpe mundo sujar as mãos vazias…
Esquecendo de si pelas noites tardias…
E se na sofreguidão hedionda, regurgitar as vorazes magias…
Seguirei dentro, em mim
o meu divo bastir…
Quando nada mais restar entre o Céu e a Terra, ainda assim estarei aqui para sentir…